Existem muitas crenças e lendas regionais que enriquecem o folclore local e aguçam a curiosidade tanto dos visitantes, quanto da própria comunidade. Vale a pena conhecê-las:
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Pedra Descansa Defunto
Encontra-se no alto do morro na divisa entre Bombinhas e Porto Belo, antes da abertura da estrada atual era o ponto mais alto do antigo caminho. Quando ocorria algum falecimento em Bombinhas ( na época distrito de Porto Belo ) o corpo do falecido era levado para o único cemitério, que era o da Igreja matriz de Porto Belo. Os carregadores geralmente colocavam o caixão em cima da pedra para tomar fôlego antes de iniciar a decida. Segundo o povo, o local é mal assombrado, à meia noite, as vezes, ouve-se o canto de uma coruja, o choro de uma criancinha, aparece um feixe de luz e barulho de latas. Os mais velhos evitavam passar por lá neste horário. -
Duas Irmãs
São duas pedras praticamente idênticas, localizadas na praia da sepultura. Acredita-se que foram usadas pelos indígenas que por aqui viviam como pontos de referência astronômica ou marítima. -
Toca do Cabo
Existem dois abrigos naturais que levam este nome. Um encontra-se no morro, à direita da praia de Fora ( Quatro Ilhas ), e o outro, na praia da Sepultura. Contam os mais antigos que ficou escondido durante vários anos um cabo do exército imperial que lutou na Guerra do Paraguai e fugiu dos horrores desta guerra, escondendo-se nestas Tocas. -
Gruta do Monge
Segundo dizem apareceu na Ilha do Arvoredo um homem que trajava roupas rudes e escuras, pensavam que ele era um monge. Este homem abrigou-se em uma gruta existente na Ilha e lá viveu por muito tempo, até que, um dia, desapareceu da mesma forma que chegou, sem deixar vestígios. Deixou as pessoas impressionadas achando que ele fosse algum santo ou mesmo um bruxo. Hoje ainda existe a gruta que, devido ao ocorrido, ficou conhecida como gruta do Monge. -
A Cruz da Praia de Fora
Dizem Ter sido encontrada por dois homens que estavam na praia, teriam ficado tão impressionados que resolveram fincá-la bem no local onde a haviam achado. Contam que depois disso houve naquela praia um lance de tainha jamais visto antes. Então, moradores e pescadores atribuíram a boa sorte ao fato de terem fincado a cruz. Desde então, todos os anos, no dia 03 de maio (hoje mais raramente), algumas pessoas, principalmente os que pescam tainha naquela praia, adornam, a cruz, com flores e fazem pequenas preces para que haja fartura como antes durante a pesca da tainha, cujo inicio ocorre mais ou menos, por esta época. Esta cruz encontra-se em Quatro Ilhas (Praia de Fora, como muitos nativos ainda a chamam), hoje ela é de concreto, pois a original era de madeira e, com o passar do tempo, se deteriorou. -
A Bela Moça
Dona Erondina (popularmente chamada de Dona Aronda) conta que quando era moça, ela e uma amiga chamada Brígida foram buscar água na cachoeira e lá chegando se depararam com um ” encante ” (visagem), como costumavam falar. O tal encante ou encanto, como preferirem, era uma linda moça que trazia em suas mãos uma flor de beleza espantosa. Dona Aronda curiosa queria ir pegar a flor, mas sua amiga Brígida, com medo, lembrou-a tratar-se de um encante e que de acordo com os antigos, se alguém pegasse ou tocasse a flor nas mãos da moça esta tomaria o lugar de quem a tocou. Sendo assim, as duas foram embora deixando o tal encante prá trás. -
A Misteriosa Luz da Capela
Dizem que sempre que terminavam de rezar as novenas na Igrejinha do morro do cemitério, quando todos já haviam descido olhavam para cima e viam uma luz misteriosa na janelinha da capela. Nunca alguém descobriu o que era mas muitos achavam tratar-se de um tesouro enterrado naquele local. -
O Sonho da Fortuna
Dona Alexandrina era uma velhinha que por causa de sua idade já bem avançada, andava sempre arcadinha. Todos acreditavam que ela fosse uma mulher bem pobre, pois andava vestida com roupas muito surradas. Certo dia ela faleceu e daí em diante começaram a ver na sua casa uma luz estranha. Então, um senhor, chamado Benjamim Caetano, teve um sonho com Dona Alexandrina, onde ela dizia que havia deixado muito dinheiro dentro de um pote sob o assoalho da casa. Seu Benjamim, muito esperto, foi lá e retirou o dinheiro, indo embora da cidade, se fez na vida. -
Bruxas
As pessoas que dizem tê-las visto afirmam que elas ao serem avistadas transformavam-se em passarinho, borboleta etc. Era costume protegerem as crianças pequenas fazendo remédios à base de alho, colocando tesouras abertas em baixo dos seus travesseiros (principalmente nas crianças que não eram batizadas). Antes, quando uma criança recém nascida, ainda não era batizada, e que começava a emagrecer e ir definhando até sua morte, as pessoas acreditavam ser doença de bruxa e se os pais da criança falecida colocassem o caixão atravessado na porta de casa, a primeira mulher que chegasse e perguntasse algo, seria a bruxa vindo para levar a vida da criança e, assim, se manter eternamente jovem.
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